terça-feira, 30 de outubro de 2007

Filosofia - Epicurismo / Estoicismo / Pirronismo (por Cristina G. Machado de Oliveira)



Epicurismo
Para Epicuro o bem soberano é o prazer (ausência de dor, de mal-estar, sentir-se bem consigo mesmo). Para isso é necessário banir os objetos de medo e controlar os objetos do desejo.Aquele que conseguir fazê-lo desfrutará de uma deliciosa ataraxia (ausência de perturbação).
O mundo é feito de átomos (partículas infinitamente pequenas, indivisíveis, indestrutíveis, que caem eternamente no vazio). Tudo é uma questão de algum fluxo de átomos.
A canônica epicurista decorre da física. Ela compreende 3 critérios: a sensação ( que proporciona o existente. Todos os corpos emitem sem cessar partículas tênues à sua imagem – as eidôla – simulacros), a prolepse (ou antecipação) – espécie de coletânea, na alma, das sensações que a afetaram anteriormente; e a afeição ( o prazer e a dor que nos informam sobre o que é conforme à natureza ou contra ela).
A vida deve ser convenientemente regrada. Este é o objetivo da ética.
Segundo Epicuro, temos 3 tipos de prazeres:
1° os naturais e necessários (comer quando se tem fome)
2° naturais, porém não necessários (comer excessivamente)
3° nem naturais, nem necessários (fumo, luxo)
Epicuro afirmava que a política é uma fonte de agitação, perda de tempo agradável. Afirmava que o homem não é nem sociável, nem afável. Para ele a amizade está entre as maiores felicidades de nossa vida.
O epicurismo admitia todos: homens, mulheres e até escravos.
O objetivo do epicurismo era libertar as pessoas do medo da vida. Ele ensinava as pessoas a buscar a felicidade e a realização em suas vidas privadas.

Estoicismo
Consideravam o mundo um Todo vivo, uno e pleno, sem lugar para indeterminação. Corporalismo - tudo é corpo, nesse conjunto de individualidades ligadas entre si por uma simpatia universal que faz dele um organismo. Difundida por toda parte, a alma do mundo anima-o até na mais ínfima das suas partes. A cada parte é atribuída uma função com vista ao bem superior do Todo.
Só são ditos incorpóreos o espaço, o tempo, o vazio e certa categoria, o leketon, isto é, o aquilo-de-que-se-fala, não sendo considerados como existentes reais.
O conhecimento é uma operação imanente, corporal, como o é seu objeto.
Não há acaso, tudo é providencial.
O conceito é uma palavra vazia.
Da física estóica decorre um otimismo fundamental. Para ser feliz basta seguir a natureza (não se deixar levar sem refletir por todos os movimentos que me agitam). A prática da virtude permitirá o alcance da apatheia.
Comportar-se como estóico é compreender que, como as coisas não podem ser de outro modo, pois são organizadas divinamente, o melhor ainda é acomodar-se a elas e, por conseguinte, prevê-las na medida do possível, a fim de as suportar com mais boa vontade.
Deus não está fora do mundo e separado dele, mas totalmente impregnado no mundo – ele é a mente do mundo, a auto-consciência do mundo.
Já que somos um todo com a natureza, e não existe nenhum reino superior, está fora de questão nossa ‘ida’ para algum lugar quando morrermos.
Os estóicos acreditavam que as emoções são juízos e,portanto, cognitivas: são formas de conhecimento.

Pirronismo
Tudo é relativo.
É a atitude cética ou efectícia (que consiste em suspender o juízo). Recusa-se a fazer uso de um entendimento cuja validade não lhe parece comprovada e cujos produtos não são garantidos. Contenta-se como o imediato e vive em paz.
Para Pirro, tudo o que podemos fazer é tomar as coisas pelo que nos parecem, mas as aparências são notoriamente frustrantes, por isso nunca devemos assumir a verdade de uma.
Para ele, toda prova repousa em premissas não provadas; e isso é tão verdadeiro em lógica, matemática e ciência quanto na vida diária.
escrito por: Cristina G. Machado de Oliveira

Um comentário:

COSTABERK@GERALDO disse...

Ola Cristina G. Machado de Oliveira, gostei muito dessa matéria, foi de muita serventia para meus estudos independentes. Obrigado

Atenciosamente

Geraldo